sábado, 20 de abril de 2013

Greve na Educação pública do Maranhão: se não for agora, quando será?



"Há três coisas que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida." (Proverbio Chinês)

O governo de Roseana Sarney pretende derrotar os educadores por WO, ou seja , sem lutas. Para isso, conta com o descrédito da direção do SINPROESEMMA, com a apatia da categoria e as informações "amputadas" que circulam entre os educadores. Se apenas uma parte mais esclarecida da categoria sabe dos riscos contidos no Estatuto do Educador defendido pela direção do SINPROESEMMA, uma quantidade residual da vanguarda conhece o perigo que representa o Estatuto do Educador que Roseana Sarney quer aprovar. Não fazer greve em oposição ao Estatuto do Educador da direção do SINPROESEMMA é até justo, mas não faz qualquer sentido em relação ao que Roseana Sarney que aprovar. Num momento como este não podemos destilar ilusões nos olhos da categoria. Há um risco eminente para nossa profissão.
Roseana Sarney pode até nos derrotar nessa greve, assim como o PC do B pode nos trair, mas é um erro gravíssimos assistir os nossos direitos serem destruídos sem que haja resistência a altura. Enfrentar Jackson Lago com a mídia sarneísta comendo pelas beiradas foi mais fácil, mas fazer greve contra Roseana Sarney, contra o maior ataque desferido pela presidenta Dilma à Lei do Piso Nacional e, ainda por cima, ter que enfrentar a direção traidora do SINPROESEMMA, é completamente diferente. O governo de Roseana Sarney sabe que a demanda que ficou reprimida em 2007, por conta da derrota de Jackson Lago, tem que ser liberada agora, num contexto em que a crise mundial se aproxima do Brasil. 2013 será o ano de maior ataque a educação básica no Brasil e nós vamos assistir isso de camarote? Os direitos de mais de 40 mil profissionais da educação estão em jogo. O perigo mora onde a miopia política não permite enxergar. 
No Maranhão, as estruturas físicas das escolas estão deterioradas, os arrombamentos e saques se tornaram frequentes e os vigilantes estão há meses sem receber seus salários. Os nossos indicadores sociais são os piores do Brasil, a juventude sem escola está sendo arrastada para o crack. Alunos e professores de diversas escolas como o Coelho Neto, Bacelar Portela, Maria Almeida Socorro, Cintra, e tantas outras estão se mobilizando ou paralisando suas aulas por que as condições infra estruturais chegaram ao limite do suportável. Para a CSP Conlutas isso não é pouca coisa. Em um dos diversos atos da minha escola, o CEM Coelho Neto, uma aluna me perguntava: professor e essa greve de vocês, só vai tratar de salários dos professores? E as condições das nossas escolas como fica?
O Estatuto é um ponto importante de nossa pauta, mas não é o único. Na verdade nossos salários estão sendo corroídos por cima, com reajustes minguados, e por baixo, com gastos com consultas, medicamentos, planos de saúde, empréstimos, etc. Somos uma das categorias mais afetadas pelas doenças ocupacionais. Neste contexto, a luta em defesa da escola pública envolve nossa saúde, salários e unifica nossos interesses aos da comunidade escolar.
Não existirá momento melhor para enfrentar Roseana Sarney do que agora. A governadora está superdesgastada e com índices pífios de intenções de votos. As mentiras do Sistema Mirante sobre educação pública estão se diluindo na dura realidade do cotidiano. O momento é esse camaradas! As oportunidades não voltam atrás.
GREVE JÁ, EM DEFESA DA ESCOLA PÚBLICA!

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