segunda-feira, 12 de setembro de 2016

DEPOIS DE FRACASSO EM ASSEMBLEIA DE PRESTAÇÃO DE CONTAS, DIREÇÃO DO SINDEDUCAÇÃO DEMONSTRA DESESPERO AO PERSEGUIR E INTIMIDAR PROFESSORES

No último 31 de agosto, a direção do Sindeducação iria realizar uma assembleia de prestação de contas, uma demanda exigida por toda categoria há muito tempo, tendo em vista que acontece com três anos de atraso. Mas, para surpresa de alguns, não havia nenhuma convocatória no site, nenhum aviso afixado no mural da entidade, nenhuma mensagem de SMS para os professores da categoria convocando para a assembleia. Nós da oposição organizada só tivemos a informação na tarde do dia 30 de agosto, a grande maioria da categoria sequer ficou sabendo dessa assembleia. Fica a questão: por que a diretoria, que sempre faz questão de anunciar que tem responsabilidade e compromisso com a base, “escondeu” da mesma que iria realizar a tão esperada prestação de contas? E mais, não foram publicados no site da entidade, nem apresentados na assembleia de 31 de agosto balancetes e notas dos gastos feitos ao longo dos quase quatro anos de mandato. Não sabemos quanto entra e quanto sai das contas do Sindeducação. Temos apenas a estimativa de que a arrecadação mensal do sindicato gira em torno de 100 mil reais e que o Imposto Sindical seria de mais de 300 mil reais.
Ora, qualquer pessoa sabe que para garantir a confiança da base sindical é necessário transparência e diálogo.  O que definitivamente não ocorre no Sindeducação, na gestão da presidente Elisabeth Castelo Branco. Basta dizer que a direção se recusou, durante a greve de 2016, a abrir o acesso às contas do sindicato para o Comando de Greve. O comando de greve solicitou saber quanto estava disponível para gastar com as atividades da greve e a diretoria simplesmente negou a solicitação. Para demonstrar de maneira cabal que essa direção não tem responsabilidade e compromisso com a categoria, a assembleia de prestação de contas de 31 de agosto, que, além de não estar sendo presidida pelo Conselho Fiscal, não disponibilizou os balancetes e notas fiscais para análise dos associados.
O advogado do Sindedução que, na maioria das vezes, ultrapassa os limites da instrução jurídica e toma a frente das decisões políticas da entidade, e a atual presidente conduziram a assembleia de forma burocrática e autoritária, inclusive impedindo a entrada de um advogado que veio acompanhar a assembleia a convite da oposição organizada. Diante dos questionamentos dos professores presentes, tendo em vista as inúmeras irregularidades da prestação de contas e percebendo que a maioria da base ali presente não concordava com a aprovação da mesma, o advogado e a presidente decidiram suspender a assembleia, alegando tumulto.
Há muito tempo a presidente, Elisabeth Castelo Branco, tem utilizado o aparato sindical de forma indiscriminada para perseguir e intimidar professores da oposição organizada. Em toda atividade da entidade, principalmente assembleias, seguranças e profissionais da filmagem agem com grosseria e intimidação com os professores. Muitas vezes, a presidente utiliza as filmagens para tentar processar os professores e professoras, numa clara tentativa de calar a voz daqueles que questionam suas atitudes autoritárias e a falta de transparência de sua gestão. É ainda mais curioso o fato, por exemplo, de essa direção não fazer o mesmo esforço diante do executivo municipal, nenhuma crítica, nem no site, nem nota na televisão para revelar a farsa da campanha eleitoral de Edvaldo Holanda Jr no que diz respeito à educação municipal.
Depois da última assembleia, o que aconteceu foi mais lamentável ainda, a direção cedeu aos blogs de jornalistas de competência profissional questionável imagens e fotos da ocasião, tentando fazer com que os professores fossem responsabilizados pela não prestação de contas, inclusive os denominando de golpistas. Ora, quem são os interessados em manter a prestação de contas longe dos olhos e ouvidos da categoria? Por que se levaram três anos para prestar conta, inclusive desrespeitando o artigo 5º do Estatuto da entidade? Por que a assembleia foi suspensa? Por que a direção não disponibiliza todas as informações necessárias para que a base saiba e compreenda com é gasto a sua contribuição sindical?
Como se não bastasse, alguns professores que estavam presentes naquela fatídica assembleia, nominadamente o professor Leonel Torres, receberam notificação de advertência por tumulto deliberado em assembleia, assinada pela presidente, no auge de sua arrogância que agora assume força de lei. Será que a presidente pretende expulsar todos os professores e professoras que não concordam com ela? Qual o papel de uma direção sindical? Garantir os direitos dos trabalhadores? Lutar contra os ataques dos governos e patrões ou perseguir professores?

Por tudo isso, pedimos o apoio e conclamamos todos os professores e professoras a prestar solidariedade aos professores perseguidos por essa direção e a estarem presentes na nova Assembleia de prestação de contas, que será realizada dia 14/09, às 15:30 horas, na casa de Eventos Real Produções, no Turu. Professor, é muito importante a sua participação, venha exigir transparência e respeito aos seus direitos. Junte-se a nós nessa luta!