“Estou em greve, mas ontem tive
que ir a escola, não para trabalhar, mas para tentar comer alguma coisa já que
em minha casa não tinha nada”. O comentário desolador é de uma funcionária
terceirizada da SEMED que como outros mil e quatrocentos não recebem salários
há dezesseis meses, sete na gestão do prefeito João Castelo (PSDB) e nove na
atual gestão de Edvaldo Holanda Jr. (PTC/PCdoB).
Para sair dessa situação a
alternativa foi parar as atividades e realizar atos em frente à prefeitura
durante duas semanas. A CSP Conlutas esteve junto desses bravos
lutadores.
Conforme já denunciamos, a
Multicooper é uma prestadora de serviço que atuava na rede pública de educação
do município de São Luís (SEMED) e tinha como sócio o vereador Ricardo Diniz
(PHS) que é presidente da Comissão de Educação do município de São Luís. Esse
fato também explica por que a CPI das terceirizadas foi “vendida” e
engavetada.
Depois dos diversos atos, das
denúncias públicas feitas pela CSP Conlutas e pelos próprios cooperados, a
prefeitura resolver negociar. No entanto, o “acordo” proposto pela prefeitura
foi pagar os meses atrasados em 40 parcelas. Em outras palavras, a prefeitura
simplesmente transformou dezesseis meses em quarenta. Cada funcionário
cooperado receberá por mês pouco mais da metade de um salário mínimo.
POR QUE O “ACORDO” FOI
APROVADO?
A plenária da categoria com
dezenas de trabalhadores ocorreu no dia 19 de setembro no auditório do
Sindicato dos Bancários. O professor Gilvan da setorial de educação da CSP
Conlutas defendeu que a prefeitura pagasse imediatamente todos os vencimentos
atrasados, além de garantir a esses trabalhadores todos os seus devidos
direitos trabalhistas. Já a representante da gestão holandista foi à vereadora
Rose Sales do PCdoB que faz a defesa ridícula de pagamento em quarenta
parcelas.
Dois fatores determinaram a
aprovação do “acordo”. O primeiro foi à necessidade de quem está há dezesseis
meses sem receber salários. O segundo fator foi o assédio moral. A condição que
a prefeitura impôs aos cooperados foi: "aceitem o acordo ou percam o
emprego". Bem diferente do acordo celebrado com o SET (Sindicato das
Empresas de Transporte) em que a prefeitura se compromete a transferir dois
milhões de reais por mês dos cofres públicos para alguns empresários dos
transportes coletivos sem qualquer condicionamento, como à apresentação pública
das planilhas de custos (gastos e arrecadações com esse tipo de serviço).
O SILÊNCIO CRIMINOSO DA DIREÇÃO
DO SINPROESEMMA E DO SINDEDUCÃO
As direções do SINPROESEMMA e do
SINDEDUCAÇÃO viraram as costas a esses profissionais da educação. Fizeram isso
por que são direções sindicais governistas. A direção do SINPROESEMMA (PCdoB)
fez campanha aberta para Edivaldo Holanda Jr. e hoje, como parte desse governo,
fecha os olhos para tal situação. A direção biônica do SINDEDUCAÇÃO vai além;
finge não entender que todos os cooperados são também trabalhadores da
educação.
A CSP Conlutas quer parabenizar
os cooperados pela luta, inclusive na ousadia de defender publicamente a
necessidade de realização imediata de concurso público. Por outro lado, vamos
continuar denunciando os ataques da prefeitura a essa trabalhadores e aos
profissionais da educação de maneira geral.
A LUTA SEGUE!
“Estou em greve, mas ontem tive que ir a escola, não para trabalhar, mas para tentar comer alguma coisa já que em minha casa não tinha nada”. O comentário desolador é de uma funcionária terceirizada da SEMED que como outros mil e quatrocentos não recebem salários há dezesseis meses, sete na gestão do prefeito João Castelo (PSDB) e nove na atual gestão de Edvaldo Holanda Jr. (PTC/PCdoB).
O SILÊNCIO CRIMINOSO DA DIREÇÃO DO SINPROESEMMA E DO SINDEDUCÃO
A LUTA SEGUE!
Até hoje nada foi feito...
ResponderExcluir