[1] Gilvan Azevedo
O dia 15 de outubro é dedicado a
homenagear os professores e as professoras do Brasil, profissionais que tem
enfrentado as consequências do desmantelamento da escola pública e a retirada
de seus direitos, não por acaso, foi a categoria que mais fez greve nos últimos
anos, confrontando-se com os governos e com a burocracia sindical,
materializadas em organizações como CUT e CNTE, verdadeiros diques às
lutas dos trabalhadores.
Em nível nacional, o governo Dilma (PT/PMBD)
tem aprofundado os ataques à educação pública. Tramita no senado o PNE 2011/2020
que traz no seu bojo a privatização da escola pública com as PPPs (parcerias
público privadas) e ataques à carreira docente, como a avaliação meritocrática,
a destruição de direitos historicamente conquistados e a vinculação do
financiamento da educação aos royalties, uma manobra para poder justificar a
entrega do nosso petróleo, via leilões, ao capital estrangeiro . O governo de
frente popular do PT tem dado sequencia as políticas neoliberais, impostas
pelos organismos multilaterais, como Banco Mundial e a ONU, que tem destruído
os serviços públicos em favor do grande capital, resultando em efeitos
devastadores tanto na carreira docente quanto na educação brasileira, o que
confere ao Brasil um incrível paradoxo, pois sendo a 6ª economia mundial, galga
a humilhante posição de 68º no ranking educacional e 88º em IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano).
No Maranhão, a destruição da escola
pública segue o mesmo script nacional. Governado há mais de quatro décadas por uma
oligarquia sanguinária, o estado tem ocupado as últimas posições em educação e IDH. Fruto de uma política
governamental voltada para as classes dominantes, onde a maioria da população
pobre e negra vive desassistida e em completa miséria, o estado tem ocupado os
noticiários de todo o país como um dos estados mais violentos da federação. Sem
políticas públicas voltada para os filhos e filhas da classe trabalhadora, nossas
criança e jovens são cotidianamente empurradas para a criminalidade e para o
mundo das drogas. Roseana Sarney (PMDB/PT) durante seu mandato, além de não ter
construído nenhuma escola, foi mais além, fechou várias escolas em 2012 com a
desculpa de conter gastos. Mas não hesitou em transferir 2 milhões dos cofres
públicos para a escola de samba Beija Flor no carnaval carioca desse mesmo ano.
Seguindo a agenda de destruição da educação pública, agraciou os educadores
maranhense com um presente de grego, aprovou este ano, um estatuto desfigurado
que retira direitos históricos da categoria, além de conceder o imoral e ilegal
reajuste de 4%, muito abaixo do que preconiza a Lei do Piso, tudo isso com a
anuência do Sinproesemma(CTB/PCdoB).
É Preciso lutar! É possível vencer!
No Rio de Janeiro, os
profissionais de educação têm travado batalhas heroicas em defesa da educação
pública e contra a truculência do prefeito Eduardo Paes (PMDB/PT) e seu aliado
o governador Sergio Cabral (PMDB) que tem usado todo o aparato policial para
reprimir as manifestações. As lutadoras e lutadores daquele estado demonstraram
para os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil inteiro qual o caminho a ser
seguido para a vitória.
Neste sentido, a CSP Conlutas MA
conclama toda sociedade maranhense, trabalhadores e a juventude a encamparem
essa batalha na defesa da educação pública e por segurança.
- POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA GRATUITA E DE QUALIDADE SOCIAL!
- POR POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS FILHOS(AS) DA CLASSE TRABALHADORA!
- TODO APOIO À LUTA DOS PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO!
- LUTAR NÃO É CRIME, ABAIXO A REPRESSÃO!
- PELA DESMILITARIZAÇÃO DA PM!
- NÃO AO LEILÃO DO PETRÓLEO BRASILEIRO!
[1] Gilvan Azevedo é professor da rede estadual e federal do Maranhão e militante do setor de educação da CSP Conlutas.
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