“Não
se trata do que tal ou qual proletário ou mesmo o proletariado inteiro se
represente em dado momento como alvo. Trata-se do que é o proletariado e do
que, de conformidade com o seu ser, historicamente será compelido a
fazer". (Marx,
A Sagrada Família)
Com o tema: “A situação da classe trabalhadora: Saúde, Educação e Resistência contra a dominação do Capitalismo”, ocorreu nos dias 17, 18 e 19 de outubro o II congresso do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais de Caxias (SINTRAP). Durante os três dias de duração do evento as trabalhadoras e trabalhadores tiveram a oportunidade de discutir sobre temáticas que trataram da relação entre capital e trabalho nas diversas mesas que se sucederam durante o encontro.
A mesa de conjuntura que abriu os
trabalhos, contou, ao lado do educador popular Acrísio Mota, com a participação
do sindicalista e também professor Saulo Arcangeli, membro da Executiva
Nacional da CSP-Conlutas. Os debatedores resaltaram a necessidade de
organização das trabalhadoras e trabalhadores na defesa incondicional de seus direitos
frente aos ataques brutais dos governos e do grande capital.
O segundo dia do seminário foi
marcado por discussões sobre os fundos de previdência do funcionalismo público,
o abandono da CUT ao projeto classista e sua consequente transformação em braço
direito do governo do PT. No final do dia, trabalhadoras e trabalhadores que
compõem a base do SINTRAP aprovaram em assembleia, por unanimidade, a
desfiliação à CUT. Na nossa avaliação, foi uma decisão muito acertada da
categoria, pois os sindicatos que são instrumentos de luta da classe
trabalhadora, não podem continuar
filiados a uma central que ataca os trabalhadores desse país e funciona como
correia de transmissão das políticas neoliberais dos governos de plantão. A base
compreendeu a atual conjuntura e decidiu pela desfiliação.
No último dia de encontro, a mesa
da manhã, teve a participação do professor Paulo Tumolo (PUC-SP) que expôs
sobre o conceito de classes sociais e os momentos da classe operária no
capitalismo. A segunda mesa da manhã
contou com a contribuição das professoras Denise Bessa e Patrícia Azevedo,
ambas da base da APRUMA, seção sindical filiada a CSP CONLUTAS. As duas debatedoras falaram do adoecimento
dos trabalhadores vitimados pelas condições de trabalho e os impactos das
políticas governamentais no Sistema Único de Saúde (SUS). No turno vespertino,
o fechamento dos trabalhos foi abrilhantado com a mesa sobre o tema: “Pedagogia, Movimento e Lutas pela Educação
no Brasil no Século XXI”, cujos debatedores foram o professor Hertz Dias
membro da CSP Conlutas e militante do Luta Popular e a professora Fátima Félix do
HISTEDBR.
A
professora Fátima iniciou sua fala dando destaque ao papel crucial que o
professor militante cumpre na educação dos filhos e filhas da classe operária e
na organização da classe trabalhadora. Félix enfatizou a importância da
construção de uma alternativa para a defesa dos direitos dos trabalhadores e
trabalhadoras no Brasil e destacou que nesse momento a única central que tem
defendido, incondicionalmente, o direito da classe trabalhadora e tem se
enfrentado com o governo e com as burocracias sindicais é a CSP CONLUTAS.
O evento
contou com a participação de dezenas de servidores e ativistas sociais. “É um grande passo dado na organização da
Classe” resaltou o professor Hertz Dias. Segundo a fala de uma companheira
do setor de saúde: “esses três dias foram
muito proveitosos, aprendi muita coisa, fico feliz pela participação no evento”,
enfatizou.
Nós
da CSP Conlutas MA parabenizamos a direção do SINTRAP Caxias e todo o
funcionalismo público daquela cidade pela realização do exitoso evento e nos
colocamos sempre a disposição, para contribuir na organização e elevação da
consciência da classe trabalhadora na luta pela superação da sociedade
capitalista.
A
luta segue!