quarta-feira, 16 de março de 2016

PROFESSORES MARANHENSES ORGANIZAM-SE POR FORA DOS SINDICATOS E LOTAM AS AVENIDAS DA CAPITAL

Ocorreu na tarde dessa terça feira (15), a 1ª Caminhada em Defesa da Educação Pública, passeata organizada pelos professores e professoras das redes municipal e estadual e por fora dos sindicatos. A caminhada teve como ponto de concentração a praça da Igreja Católica no bairro São Francisco e o trajeto foi definido em direção à Praça Dom Pedro II, onde estão localizados os Palácios dos Leões e  La Ravardiere, sedes dos governos estadual e municipal, respectivamente.
Com palavras de ordem do tipo:
"Flavio Dino, tu não me engana, teu governo é igual ao de Roseana!"
"Edvaldo Holanda, pague o piso arruma as malas e se manda!"
O movimento dos professores mandou um recado para o governador Flavio Dino e ao prefeito Edvaldo Holanda Jr, que insistem em não pagar o que devem aos docentes. Mesmo causando um enorme engarrafamento, ao interditar umas das principais avenida da capital, em horário de pico, a passeata foi bastante apoiada por pedestres, motoristas e motoqueiros que respondiam positivamente com buzinaços em solidariedade à luta dos(as) bravos(as) mestres

Enquanto os professores iam as ruas, reivindicar seus direitos, as direções do Sindeducação e do Sinproesemma (PCdoB/CTB) usavam de todos os artifícios para desmobilizar suas bases numa clara intensão de blindar os governos municipal e estadual. Não adiantou! Os(as) professores(as) deram uma bela e contagiante resposta nas ruas para o descaso dos governos e para a inoperância das burocracias sindicais.
Os educadores maranhenses lutam pela  melhoria das condições de trabalho, redução do número de alunos por turmas, concurso publico, redução da violência no ambiente escolar, eleições verdadeiramente democráticas para direção de escolas,  construção de escolas adequadas e extinção dos famigerados anexos, além da pauta que tem mobilizado os professores nacionalmente: o cumprimento da Lei do Piso pelos estados e municípios. Aqui no Maranhão, a exemplo do que vem ocorrendo Brasil afora,  o governador Flavio Dino e os prefeitos têm descumprido a lei e ainda não reajustaram os salários dos educadores que deveria ter acontecido no mês de janeiro.
A categoria promete mais atos de rua caso suas reivindicações não sejam tão logo atendidas.

sexta-feira, 11 de março de 2016

ORGANIZAR PELA BASE UMA GRANDE SEMANA DE LUTAS E MOBILIZAÇÃO POR NOSSOS DIREITOS

"O proletariado tem como única arma, na sua luta pelo poder, a organização." (V. I. Lênin)


Vivemos uma conjuntura que se expressa por uma grave situação de crise política e econômica no país, situação esta na qual os governos e os patrões se esforçam em jogar as consequências da crise econômica nas costas dos trabalhadores através de demissões, cortes de salário e redução de direitos. Os ataques sobre o funcionalismo público têm sido uma ação da União, de todos os estados e da maioria esmagadora dos municípios brasileiros. Em vários estados do país como Rio de Janeiro e Rio Grade do Sul já ocorrem atrasos ou parcelamento de salários dos trabalhadores da Educação Básica. Aqui no Maranhão tanto o Governo Flavio Dino (PCdoB) como sua principal cria, o prefeito da capital Edvaldo Holanda Jr.(PDT) teimam em ignorara Lei 11.738/08 e os estatuto das categorias segundo os quais os proventos dos educadores deveriam ser reajustados ainda no mês de janeiro. Essa é uma situação generalizada no país, ou não tem reajuste ou ocorre o parcelamento de salários.

Nessas lutas todos nós sabemos o papel nefasto cumprido pelas centrais governista CUT e CTB, por seus sindicatos pelegos, a exemplo do Sinproesemma (CTB/PCdoB), e do histórico de traição de sua confederação igualmente pelega, a CNTE, que vêm atuando como verdadeiros obstáculos para a luta e organização dos trabalhadores em educação. Está marcada para a próxima semana nos dias 14, 15 e 16 a Paralisação Nacional convocada pela CNTE e tudo indica, pelo papel que essa Confederação tem cumprido, que sua direção tentará transformar a paralisação em um ato de defesa do governo Dilma, de Lula e do PT, movidos pelos últimos acontecimentos que se expressam pela possibilidade de Lula virar réu na Lava Jato, pela ofensiva da oposição de direita que realizará um ato pró impeachment no próximo domingo (13) e ao fato do novo depoimento de Lula marcado para o dia 14 ou da ocasião de sua prisão pedida pelo MP paulista. De nossa parte, orientamos os trabalhadores a não se somarem nem ao ato do dia 13 capitaneado pela oposição de direita do PSDB, nem tampouco encampar lutas em defesa do governo Dilma (PT) ou de Lula, pois nenhum deles representa as demandas dos trabalhadores. Brigam entre si para ver quem vai comandar o país, mas estão unidos para aplicar o ajuste fiscal na costa dos trabalhadores. Nesse sentido é preciso que os trabalhadores rechacem essa falsa polarização PSDB X PT, se organizem num terceiro campo independente dos patrões e dos governos e exijam que a CNTE a CUT e seus sindicatos cumpra seus papeis, que é o de lutar pelos nossos direitos.
Vamos para as ruas nos dias 15, 16 e 17 para lutar contra todos eles e pela garantia dos nossos direitos, mas não para apoiar nem a oposição de direita (PSDB) muito menos o governo Dilma (PT), pois ambos estão unidos na aplicação do ajuste fiscal na classe trabalhadora.

A AGENDA DE MOBILIZAÇÃO CONSTRUÍDA PELO MRP: MAIS UM ERRO TÁTICO.

No último dia 03, os professores de São Luis, a exemplo do que aconteceu no interior do Estado, deram uma bela demonstração de sua disposição em lutar por seus direitos e realizaram o importante Ato em Defesa da Educação e dos Direitos dos Educadores que contou com a presença de centenas de educadores da capital maranhense. Em nossa avaliação foi um ato muito vitorioso tanto do aspecto qualitativo com um aumento de mais de 100% em relação ao primeiro ato convocado pelo MRP, quanto do ponto qualitativo pela representatividade, organização e pelas inúmeras e qualificadas intervenções dos professores durante todo o percurso do ato. Atribuímos todo esse sucesso a dois fatos que para nós foi determinante: Primeiro que a política de unidade das oposições foi um grande acerto que se traduziu não só no aumento do número de professores presentes neste ato em específico, mas também no aspecto da qualidade da organização. O segundo e o mais importante, foi a plenária que realizamos na quadra do Cegel no dia 26/02 e da qual tiramos políticas coletivas de construção do ato.

Durante o ato os oradores fizeram várias propostas de ações futuras como, a título de exemplo, a unificação das lutas entre os professores municipais e estaduais, a mobilização da categoria para empurrar as burocracias do Sinproesemma e Sindeducação a construírem a paralisação e parar não só nos 3 dias protocolar da CNTE, mas transformar toda a semana em uma semana de lutas por direitos e condições de trabalho. O que nos saltam os olhos é que o MRP divulgou uma agenda sem tampouco conversar com os professores. Seria importante perguntar se conjunto da categoria tem acordo com essa pauta? A caminhada, esse é o melhor percurso? Como dialogamos com a sociedade maranhense da qual precisamos de total apoio? A estrutura e a organização quem vai garantir? Contra quem lutamos, qual é a correlação de forças? São algumas perguntas que devem ser respondidas, preferencialmente em uma plenária, quando nos propomos a realizar atividades dessa envergadura e que temos do outro lado, inimigos muito fortes como o Governo do Estado, a Prefeitura e a pelegada dos sindicatos.
A unidade entre os grupos de oposição é deveras importante, queremos mantê-la, inclusive faz-se necessário ampliá-la a outros coletivos que estão lutando isoladamente no continente. É importante entender que no mundo da política e das lutas contra os governos e os patrões temos que tirar táticas acertadas discutidas pelo conjunto dos trabalhadores e não da cabeça de alguns “iluminados”. O MRP se equivoca novamente como aconteceu na greve de 2013, tirando suas políticas apartado da categoria e não a partir dela. Um primeiro passo seria chamar uma plenária para ouvir os principais protagonistas dessa luta: os educadores. Não estamos aqui dizendo que a pauta dos companheiros é ruim, mas sim que é preciso ouvir os professores e os demais grupos de oposição que se propuseram a construir a unidade, e daí saíssemos com uma agenda conjunta construída coletivamente.
Nós, da CSP Conlutas, esperamos que os companheiros façam a devida autocritica e revejam sua posição. A prática de tomar decisões sem consultar a categoria é o modus operandi das direções pelegas que se locupletam há décadas em nossos sindicatos e não o de quem se propõe a ser uma alternativa a tudo isso que aí está.
Retomamos a frase de Lênin que abre esse texto, “O proletariado tem como única arma, na sua luta pelo poder, a organização” e assim, nos dispomos à construção da unidade pela base para a organização de uma grande semana de mobilização e luta por nossos direitos. Desse modo, propomos que a reunião do dia 14/03 seja transformada em plenária, num horário que permita a maior participação, em que possam ser discutidas as atividades e as estratégias de mobilização para a semana.

- Abaixo o ajuste e a lei de responsabilidade fiscal – Por um plano dos trabalhadores. Que os ricos paguem pela crise!

- Cumprimento da Lei do Piso pelos estados e municípios: Reajuste e Progressões já!

terça-feira, 1 de março de 2016

OPOSIÇÕES DOS PROFESSORES ESTADUAIS CONSTRÕEM UNIDADE PARA ENFRENTAR O SINDICATO E O GOVERNO

Já estamos no mês de março, há muito já se foi a data base dos professores estabelecida no artigo 5º da lei federal 11.738/2008 (Lei do Piso):
O piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica será atualizado, anualmente, no mês de janeiro, a partir do ano de 2009.

E também presente na lei estadual 9.860/2013 (Estatuto do Educador) que, estabelece no seu artigo 32:
O Poder Executivo procederá aos ajustes dos valores do vencimento do Subgrupo Magistério da Educação Básica no mês de janeiro, no percentual do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério.

Diante do total descaso do governador Flavio Dino (PCdoB) em não pagar os diretos dos (as) professores (as) da rede estadual do Maranhão, a categoria vem se organizando por fora da direção do sindicato e construindo atos em defesa de suas demandas, uma vez que impera absoluto silêncio por parte direção do Sinproesemma, que escolheu, uma vez mais, dar as costas para seus filiados e seguir apoiando o calote que o seu governo vem aplicando nos educadores.

Na última sexta feira a oposição organizada composta pela CSP Conlutas, MRP e MOPE e vários professores da base reuniram-se em plenária para debater a situação dos educadores maranhense. Compreendendo a gravidade do momento e a importância da luta para garantir os direitos de milhares de educadores que vêm sendo desrespeitado pelo governo Flavio Dino, o coletivo decidiu pela realização de um Ato Público em Defesa da Educação e dos Direitos dos Educadores, convocado para a próxima quinta-feira, 03 a partir das 8h, na Praça Deodoro, Centro da Capital.
Toda a categoria está convocada a lutar contra mais esse ataque e a somar-se às várias lutas que já estão ocorrendo Maranhão afora.
Só com mobilização derrotaremos os ataques do governo Flavio Dino (PCdoB) e a inoperância da direção do Sinproesemma.(PCdoB/CTB)
Todos(as) à Deodoro!

ATO PÚBLICO EM DEFESA DA EDUCAÇÃO E DOS DIREITOS DOS EDUCADORES!
DIA 03 (QUINTA FEIRA) ÀS 8:00 H NA PRAÇA DEODORO- SÃO LUIS.
# REAJUSTE  E PROGRESSÕES JÁ!
#GOVERNADOR, PAGUE OS DIREITOS DOS EDUCADORES!