O descaso, a negligência e a incompetência definem a atual gestão do prefeito Edvaldo Holanda (PDT) e do secretário, Geraldo Castro (PCdoB), que objetivam unicamente aprofundar ainda mais a precarização da escola pública municipal de São Luís. No que diz respeito à segurança, o que constatamos é o aumento da violência nas escolas e em seu entorno. Sem vigilância e a eterna estória da licitação para contratar empresas terceirizadas, as escolas públicas de São Luís que já não tinha nada, estão sendo assaltadas, saqueadas, destruídas. Professores agredidos física e verbalmente, alunos tendo suas vidas colocadas em risco em seu ambiente de aprendizagem. Podemos citar, para ficar em poucos exemplos, o ataque à UEB Edson Luís de Lima Solto, na Gancharia, o incêndio na UEB Santa Clara, na Santa Clara, os assaltos nas UEBs Profº João de Sousa Guimarães, Darcy Ribeiro, e Rubem Almeida, roubo de carro na UEB Professor Elpídeo Hermes de Carvalho, no Angelim, o assassinato de um aluno na porta da escola UEB Amaral Raposo, em Pedrinhas e o esfaqueamento de uma aluna em frente ao Centro de Ensino Vinicius de Moraes, no Olho D’água.
Por outro lado, a categoria assiste à inercia dos 3
diretores do Sindeducação, que nada fazem para garantir nossos direitos, mas
preocupam-se em organizar caminhadas, festas e viagens. Nesse momento tão
crítico, deveria mobilizar a categoria e fortalecer sua luta por melhores
condições de trabalho. Será que a direção não sabe para que serve e a quem
serve um sindicato? Ou será que o sindicato virou apenas um meio de obter
lucro? A direção de gabinete de Elisabeth Castelo Branco, acha que mobiliza os
professores e combate as mazelas da educação municipal mandado ofícios e
relatórios à Secretaria Municipal de Educação e ao Ministério Público. Porque a
assessoria jurídica do Sindeducação não moveu a Acão Civil Pública contra os
desmandos do município de São Luís no que tange a violência escolar?
Tão grave quanto essa postura é o fato de os três
diretores negarem a abertura do sindicato para realização de plenárias de base
para discutirmos coletivamente a questão da violência escolar. O que fizeram?
Tentam desmobilizar, impedir e silenciar a categoria, lançando nota pública
contra professores da oposição, como no caso do professor Antonísio, que,
naquele momento apenas encaminhava o requerimento que representava a
deliberação das oposições, CSP/Conlutas, MOPE e MRP e professores
independentes. De que tem medo esses 3
diretores? Lamentamos essa postura pois, ao invés de mirar todo o aparato
sindical e a força da categoria em direção à prefeitura, exigindo que eles
cumpram o TAC da greve de 2014, que foi um momento único em que a categoria unida lutou por mais de 100 dias e ocupou a
prefeitura em busca de condições dignas de trabalho. As conquistas que tivemos
até agora, portanto, foram frutos da luta da categoria, não da benevolência da
prefeitura, muito menos de ação individual da direção do sindicato.
O que a direção do Sindeducação deveria ter
feito, mas não fez!
Isso tudo é um desrespeito grave ao estatuto da
entidade. Como está sendo gasto o dinheiro do sindicato? Com que? Onde está o
dinheiro do sindicato?
Hoje a diretoria se resume a três pessoas. Será
possível atender à demanda da categoria com esse contingente? É possível fazer
trabalho de base? Formação política? Enfrentar a prefeitura com uma diretoria
totalmente esfacelada e desmoralizada? O Estatuto do
Magistério e o PCCV estão sendo discutidos e a direção do sindicato, ao invés
mobilizar e informar o professor, se restringe a mandar ofícios, fazer festas e
viagens.
Não somos contra a realização de festas, confraternizações e que o
sindicato proporcione momentos de lazer aos professores, aliás, se tivéssemos
uma sede social, isso diminuiria os gastos (cadê o terreno do sindicato?), o
problema é que a direção prioriza esse aspecto, em detrimento da discussão e
mobilização para assuntos que são mais urgentes, como a violência, as condições
de trabalho, o Estatuto do Magistério e PCCV. Inclusive achamos que os professores
devem ser ouvidos com relação ao tipo de atividade que querem e, finalmente,
queremos TRANSPARÊNCIA NOS GASTOS DO NOSSO SOFRIDO E SUADO DINHEIRO. E você professor, o que acha?